Beleza caótica - poster
Em sua filosofia, Nietzsche apresenta dois conceitos que
se referem aos deuses gregos Apolo e Dionísio. Com a
pulsão apolínea encontramos a manifestação da bela
aparência, racionalidade e ordem do mundo interior que,
em contramão, se depara com a embriaguez dionisíaca
revestida em emoções, desordem e experiências caóticas.
Ao meu ver a arte necessita dessa dualidade de forças
complementares para alcançar o equilíbrio, pois sem a
beleza do caos o movimento e a inspiração se findam,
transformando o artístico em algo meramente mecânico
e padronizado. Em uma geração bombardeada de
informações e comparações, o perfeccionismo e a
idealização podem muitas vezes se tornarem destrutivos
para o processo criativo, sendo assim essa reflexão o
ponto de partida para a construção de uma ideia criativa
que busca juntar os mundos de Apolo e Dionísio,
formando um equilíbrio oriundo da beleza caótica.